Resumo: O artigo examina a ascensão do
fascismo na Alemanha a partir da estética de Walter Benjamin e propõe, ao
final, um diálogo com Ernst Bloch. O método visa escapar de interpretações
meramente econômicas que supostamente explicam a chegada de Hitler ao poder.
Procura-se um campo semântico mais vasto, dialético, como os conceitos
utilizados por Benjamin de messianismo, alegoria e origem (ursprung). A “origem” é um protofenômeno no sentido teológico, quer
seja ele o Paraíso ou o comunismo primitivo, uma idade edênica e igualitária na
Terra. Literalmente são “saltos” para fora da continuidade histórica linear que
rompem com o desenvolvimento meramente evolucionista da História. Com uma
catástrofe iminente era necessário explodir o continuum da história.
Palavras-chave: Walter Benjamin,
Dialética, Materialismo Histórico, Messianismo, Fascismo.
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