domingo, 27 de dezembro de 2009

A FOTOGRAFIA COMO FONTE HISTÓRICA: ANÁLISE E METODOLOGIA.

A bandeira soviética a esvoaçar no topo do destruído Parlamento alemão (Reichstag) foi apenas o culminar da longa batalha de duas longas semanas, de 16 de Abril a 2 de Maio, pela capital do III Reich. Estima-se que mais de 300 mil russos tenham perdido a vida nesta batalha, assim como mais de 100 mil civis alemães.A Segunda Guerra Mundial acabaria na Europa, dias depois, a 8 de Maio de 1945, quando o marechal Wilhelm Keitel assinou a rendição incondicional.((YOUNG 1980, p 165).
Fotógrafo: Yevgeny Khaldei, 2 de Maio de 1945.

“O documento não é apenas a fonte, é o problema”(MARC BLOCH 1965, p. 220).

“O historiador precisa situar a fotografia em um determinado tempo e espaço e perceber as suas alterações e do contexto. O oficio do historiador consiste na realização da critica interna e externa do documento e, nesse sentido, alguns métodos de análise permitem-lhe a leitura dos documentos visuais” (CANABARRO 2005, p. 26).

Os autores especialistas em fotografia e na análise visual como Barthes, Kossoy e Mauad são unânimes no sentido de que para avaliar um documento visual é necessário atentar para três pressupostos básicos e inerentes à própria história: expressão e conteúdo, tempo e espaço, percepção e interpretação. “A noção de espaço como chave de leitura das mensagens visuais, devido à natureza deste tipo de texto” (MAUAD 1996, p. 14).

Mauad ainda reforça essa afirmação citando Mirian Moreira Leite: “toda captação da mensagem manifestada se dá através de arranjos espaciais. A fotografia é uma redução, um arranjo cultural ideológico do espaço geográfico num determinado instante” (p. 14).

Sendo assim, a análise específica da fotografia do ‘triunfo’ soviético frente aos alemães na Segunda Guerra será elaborada segundo esses conceitos, procurando trazer a imagem para o tempo presente, mas sem correr o risco do anacronismo e observando a problemática da “interpretação (...) pois as pessoas fazem a mesma leitura, mas cada uma interpreta de uma forma, em função da idade, sexo, da sua profissão, da ideologia, enfim de seu saber” (ALBUQUERQUE & KLEIN 1987, p 300).
É preciso esclarecer que a metodologia aplicada será a Histórica baseada na Escola dos Annales, bem como a critica técnica de Barthes e Mauad. A fotográfica compõe a textualidade de uma determinada época, tal idéia implica a noção de intertextualidade para compreensão ampla das maneiras de ser e agir de um determinado contexto histórico: “à medida que os textos históricos não são autônomos necessitam de outros para sua interpretação” (MAUAD 1996, p.10).

No documento fotográfico escolhido para analise observam-se três planos: o cenário (arquitetura de Berlim destruída), a pose (de triunfo russo) e o objeto (a bandeira soviética). Já situada a cronologia da foto e seu contexto histórico partiremos para abordagem do documento em si, observando que “a imagem não fala por si só, é necessário que as perguntas sejam feitas” (MAUAD 1996, p 10).

Os soviéticos perderam mais de vinte milhões de soldados e civis na segunda guerra e esse ônus parece ter sido menor após a vitória contra os nazistas. O sofrimento das vitimas, as perdas materiais e humanas foram minimizadas com o sentimento se satisfação, vitória e triunfo sobre o Terceiro Reich e isso se manifesta com a ampla divulgação da imagem de soldados/oficiais sobre o Parlamento alemão. Isso se dá pela mensagem que o documento passa, pelo seu poder por parte da classe dominante de amenizar o sofrimento das vitimas e para mostrar ao mundo a nova potência que emergia após a guerra. “O efeito mitológico de uma fotografia é inversamente proporcional ao seu efeito traumático, quanto mais o trauma é direto, mais difícil a conotação” (BARTHES p. 07).

Como já foi dito, do documento visual tem a pretensão de ser espontâneo, neutro, análogo do real, no entanto é sempre codificado, conotado. Sendo que o código de conotação é sempre histórico e reforçado pela ideologia, “o objeto talvez não possua uma força, mas por certo, possui um sentido” (Barthes p04). No objeto (bandeira), a conotação é produzida por uma modificação do próprio real, isto é, da mensagem denotada. O objeto surge aparentemente como natural e espontâneo, disfarçado sob a mascara objetiva da denotação, contudo, como se sabe, não são evidentemente próprio da fotografia, tenta passar simplesmente por denotada uma mensagem que, na verdade é fortemente conotada.

“Discute-se a possibilidade de mentir da imagem fotográfica (...) não importa se a imagem mente, o importante é saber por que mentiu e como mentiu” (Mauad 1996, p 15). Na verdade é a competência de quem olha que fornece significados à imagem e hoje sabe-se que este documento fotográfico ligado à Segunda Guerra mundial foi modificado, preparado, houve um ‘tratamento’ da imagem antes que fosse difundido, tornado público. Trata-se de um fenômeno que poderia ser chamado de “trucagem”, não no sentido de aproximação de Barthes, mas no sentido de alteração/modificação de alguns elementos do documento original: a bandeira tão imponente na realidade era uma toalha de mesa vermelha sem o escudo do Comunismo, portanto não era, de fato a bandeira da URSS. O soldado/oficial que movimenta a bandeira usava alguns adornos, possivelmente produtos de saque, que foram disfarçados através te técnicas de iluminação e contraste.

Nesse ponto entendemos o caráter ideológico das mensagens visuais, sua falsa neutralidade e sua conotação que comporta bem um plano de expressão e um plano de conteúdo, significantes e significados, “obriga, portando a um verdadeiro deciframento” (Barthes, p.3). Esse deciframento seria hoje prematuro, todavia as “interrogações que hoje se colocam são antes uma prova de saúde que de enfermidade” (MAUAD 1996, p.06).

Assim sendo, podemos concluir que a mesma evolução que a historiografia teve no séc. XX em relação aos documentos escritos ocorreram também quanto aos documentos visuais ou iconográficos. A contribuição dos pioneiros da Escola dos Annales se mostra, ainda hoje, pertinentes na análise do documento e monumento. A fotografia representa uma semelhança com a realidade - jamais uma totalidade - e deve ser abordado pela Hisória como um signo, um icone, como a representação de um momento específico e nunca como prova do passado.

Referencias:
ALBUQUERQUE, Marli Brito M.; KLEIN, Lisabel Espellet. Pensando a fotografia como fonte histórica. Cadernos de saúde pública. Rio de Janeiro, 1987.
BARTHES, Roland. A Mensagem Fotográfica. S/E, S/D.
BLOCH, Marc. Introdução a História. Europa-América, 1965.
CANABARRO, Iv. Fotografia, História e cultura fotográfica: Aproximações. Estudos Ibero-Americanos. PUCRS, 2005.
CIAVATTA, Maria. Educando o trabalhador da grande família: a fotografia como fonte histórica. Rio de Janeiro, 2003.
KOSSOY, Boris. A fotografia como fonte histórica: Introdução à pesquisa e interpretação das imagens do passado. São Paulo, SICCT, 1980.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento, in História e Memória. Unicamp, SP: 1998.
MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: Fotografia e História Interfaces. Tempo, v1. N2. UFF, Rio de Janeiro: 1996.
MONTEIRO, Charles. A pesquisa em História e Fotografia no Brasil: notas bibliográficas. Porto Alegre, RS: 2008.
SILVA, Cristina Schimidt. A Fotografia como processo Folkcomunicacional. Salvador, BA: 2002.
YOUNG, Peter. A Segunda Guerra Mundial. Circuito do Livro/Melhoramentos. São Paulo: 1980.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pequena dúvida sobre o 11 de setembro:


A edição da revista Veja nº 1973 de setembro de 2006 trouxe uma reportagem interessante sobre uma possivel teoria da conspiração no atentando ao World Trade Center. Todavia, como é costumeiro o caráter parcial e passivo, a revista tratou logo de ironizar e desmistificar a teoria.

O filme intitulado Loose Change (Dinheiro Trocado) de 3 jovens americanos que tem argumentos sólidos foi ridicularizado. O documentario independente sugere a participação do governo no antentado e se baseia em 4 pressupostos. 1)Repórteres relatam ter escutado explosões e sentido tremores antes da queda dos prédios. 2) A estrutura dos prédios suportaria temperaturas de até 1500 graus, suficiente para resistir ao fogo provocado pelas explosões. 3) Sobreviventes viram água nos andares, comprovando que o sistema de incêndio teria sido acionado, sendo capaz de controlar o fogo. 4) Os prédios foram construídos para resistir ao impacto de um avião 707. Segundo um dos autores do videio "seria absolutamente impossível para um punhado de terroristas árabes, sem a ajuda do nosso governo, fazer tanto estrago".

Para contradizer o documentário, a Veja orgulhosamente, expõe a versão oficial do governo, onde o choque dos aviões danificou as colunas centrais de sustententação das torres e com isso os andares começaram a cair sobre os inferiores e refuta a versão conspiratória. 1)Os barulhos e tremores foram causados pela queda de destroços entre os andares. 2)A 1000 graus, a estrutura de aço amolece e perde 10% de sua força. 3)A água nos andares foi causada pela ruptura dos canos de banheiros mas o sistema de incêndio não funcionou. 4)As torres resistiriam a um 707, mas não a um Boeing 767, 20% maior. O jornalismo caricaturado da revista buscou até mesmo uma explicação racional, psicológica para a mente humana criar teorias conspiratórias. "Trata-se de uma reação de defesa do cérebro, que cria memórias falsas para permitir às pessoas que se sintam melhor, alheias à realidade nua e crua". Diz o neurocientista Ivan Izquierdo da PUC-RS. Ora, fazendo uma análise rápida e e simples me parece exatamente o inverso: uma tentativa do cérebro de organizar o caos provocado por uma situação de ilusão, suspeita ou mesmo dúvida; é a tentativa de iluminar o que ainda está nas trevas.

A reportagem acaba assim, mostrando as duas teorias e induzindo claramente o leitor à versão oficial. E sobre o atentado em sí nem eu tenho muito mais a acrescentar, é irrelevante. Mas e as consequências dele? Petróleo no Iraque? Somente petróleo? E a caçada invisível ao igualmente homem invisível Osama Bim Laden no Afeganistão?

O que as duas teorias, oficial e conspiratória não mostram é o interesse americano em ser atingido no seu território, o que justificaria ideologicamente o apoio da opinião pública caseira e internacional à empreitada estadounidense nem território hostil: o islâmico. Justificativa que foi reforçada por uma série de produções de cunho adestrador da mídia hipnotizante como O Caçador de Pipas e O Livreiro de Cabul.

Sabe-se que os EUA não são dotados de nenhum altruísmo ou benevôlencia, tampouco filantropia para levar a esses lugares tão remotos e de culturas tão exóticas aos ocidentais, a famosa "liberdade americana". Não de graça, não ao custo da vida de milhares de soldados e ao gasto de bilhões de dólares. Há, nas entrelinhas, um enorme interesse económico e, sobretudo militar. Não me refiro somente ao petróleo...

O sec. XX começou com a 1ª Guerra e a Revolução Bolchevique e todo desenvolvimento histórico daquele século esteve intimamente relacionado com esses acontecimentos: 2ª Guerra, socialismo, guerra fria, etc. Foi o século dos EUA.

O sec. XXI começou com o atentado às Torres Gêmeas e não é preciso ter bola de cristal para saber que os desdobramentos desse fato (ou manobra) ainda estão por vir. Este seria o século da China, como apontam tantos analistas e as próprias tendências econômicas, demográficas e culturais.


Os norte-americanos sabem disso melhor que ninguém, é inevitável. E a história nos dá provas de que sempre que duas potências ou impérios rivalizaram economicamente, rivalizaram também militarmente, havendo guerra. E qual o primeiro passo para vencer uma guerra? Conquistar territórios. Não o território físico/geográfico em sí, mas conquistar a influencia daquele espaço.


O leitor mais atento já deve ter percebido a comparação entre o 11 de setembro e o neo-imperialismo americano. O petróleo veio como bonus, ou melhor, como uma espécie de mecenas para um plano muito mais ambicioso e de longo prazo: manter a hegemônia e o estilo de vida capitalista por mais um século. Para tanto, se torna necessário levar a maquinaria bélica e o império cultural para a Ásia continental e subordinar o mundo muçulmano, antes que a China o faça.


Mais um século de domínio mundial justificaria a morte de 3278 inocentes no 11 de setembro? Para pessoas normais como você e eu dotados de compaixão e solidariedade, jamais. Mas para a ambição americana, com certeza; esse é um número descartável diante de tamanha cobiça. Nesse sentido, a participação americana nos atentados ao World Trade Center fica mais clara; mesmo uma participação discreta, indireta e omissa, de alguma forma eles sabiam e permitiram.


Mesmo para os leigos sem nenhum conhecimento em estratégia militar ou história das guerras, este me parece um argumento perfeitamente aceitável, basta você ter jogado ao menos uma vez WAR ou Bataha Naval que compreenderá que o território é a justificativa, a base, é instintivo. As vítimas do 11 de setembro represetam um único peão, sacrificado na tentativa de capturar o cavalo inimigo. Esse é o jogo da vida e jamais cessará.


"Sempre houve o bastante no mundo para todas as necessidades humanas. Nunca haverá o bastante para a cobiça humana". (Mahatma Gandhy)






sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Você acredita?



Qual o conceito ou, apartir de quê se forma a consciência humana? Se você é idealista talvez acredite na metafísica, numa realidade exterior ao corpo, que o homem seja dotado de criatividade e inteligibilidade sem sofrer influencia do mundo material, ou seja, dá prioridade à mente, ou mundo das idéias ou de Deus... De Platão a Agostinho e por fim Hegel o Idealismo tem provocado um grande e desastroso sentimento mecanicista.

Por outro lado, se você é materislista irá concordar que a consciência é formada a partir do mundo material. As experiências, o contato, a intensidade, a formação, o trabalho; a sociedade em geral nos seus constumes, mitos e tendências (microcosmo), ou nas instituições políticas, econômicas e militares (macrocosmo), determinam de forma incisiva como pensar, o que pensar e quando pensar... e você nem se dá conta disso!

Ok! Depois dessa farofa aí em cima que, confesso, mais complicou do que esclareceu minha intenção, vou tentar separar as sílabas. Enfim, existe um critério para o desenvolvimento da consciência humana e, ainda mais, para o desenvolvimento da consciência critica? Ora, o que leva um homem a aceitar, passivo e omisso todas as regras e conceitos pré estabelecidos pela sociedade e outros tantos como Foucault a duvidar, questionar e dedicar uma vida inteira na tentativa de racionalizar os métodos de domesticação e controle social.

O que leva o ser humano a acreditar ou duvidar? Eu sinceramente ainda nao tenho uma opnião concreta, contudo, arrisco um chute: é muito mais cômodo assistir a tudo isso, um mero espectador, sedentario e adestrado como um cão docil engordando na frente da tv, simplismente passando pela vida, sobrevivendo e não Vivendo. Criticar, desafiar, pensar, brigar é tão mais doloroso... que eu até entendo os passivos.

Serião você, caro leitor, acredita na versão oficial de Pear Harbor? Que o assassinato do presidente Kennedy foi obra de um civil e não de alguem com formação militar ligado diretamente ao governo? Jura??? Acredita que um fã matou John Lenon? É nada!!! Acredita que o governo americano não sabia mesmo do atentado de 11 de setembro antes que este acontecesse? Acredita que tantos musicos criticos do sistema moreram de overdose antes do 30 anos? Aja overdose hein. Acredita mesmo que moreram 6 milhoes de judeus na segunda guerra? Lembrando que a solução final teve início em 1942, portanto 3 anos depois do início da guerra. De onde vieram esses números?

Se você é um bom observador percebeu que a intencão aqui não foi suscitar uma teoria da conspiração ou varias teorias dela. Os passivos já devem me considerar anti-semita, mas você não, você tem um intelecto enorme para entender os motivos desse rascunho, caso contrario não estaria aqui até o final do parágrafo haha. Obrigado. E não acredite.

Ao truão.



“Lê, diverte-te e não queiras fazer juízos temerários sobre a pessoa do fanfarrão. Há muitos fanfarrões pelo mundo e talvez que tu sejas um deles também.”

A epígrafe das Cartas Chilenas do poeta e inconfidente Tomás Gonzaga é bem pertinente ao conteúdo aqui abordado. De fato o mundo está cheio deles, fanfarrões, truões, sofistas. E hoje, como no tempo das conjuras, um charlatão está entre nós. Não mais arbitrando contra a liberdade, mas sobre o conhecimento. Um engenheiro na indústria da confusão.

Desde Descartes e o “Discurso do Método”, se discute a dificuldade metodológica em ciências humanas, sobretudo em História, pois há o risco da interpretação, da introspecção e da representação. Ainda assim é o método que separa ciência de dogma, fato de teatro.

Qual o seu método grande bufão? Dialética da abobrinha ou niilismo do lero-lero? Materialismo vulgar da especulação e parcialidade? Se errei, permita-me mais uma tentativa: bajulação e tietagem aos fanfarrões midiáticos Azevedo, Jabor e Mainardi? Na mosca! Ah poupe-nos e poupe-se para não mais se expor ao ridículo.

Certamente não conhece a teoria crítica de Adorno, tampouco a psicologia de Vygotsky. Se os conhecesse entenderia que o marxismo está tão enraizado a todos os campos do conhecimento que se torna indispensável como método histórico-filosófico.

Se é que existe uma proposta pedagógica por trás de todo o seu malabarismo – de formar historiadores tediosos e melancólicos preocupados unicamente com o plano de aula do dia seguinte sem consciência critica da sociedade - falhaste duplamente caro truão. Primeiro porque fica claro seu jogo de ego, vaidade e soberba. Segundo pela sua tentativa inútil de adestrar alguns poucos fanfarrõezinhos em potencial, acaba por confundi-los através da persuasão e retórica medíocres que tens.

Contudo, preciso admitir, obteve êxito e seduziu algumas pobres almas que, como o senhor, são igualmente discípulos do Pomadismo: doutrina descrita por Machado de Assis no conto “O Segredo do Bonzo”, no qual os homens tem facilidade de sobrepor opiniões à realidade, deformando a verdade. Pensar é cansativo e angustiante e por isso não é privilégio de todos, não é?

O pessimismo me impede de acreditar em mudanças de caráter e comportamento. Ora, quem tanto critica o Estado e o funcionalismo público e continua mamando nas tetas do governo só pode estar ultrapassado, podre e fedendo; é o cumulo da hipocrisia. Logo, o objetivo aqui não é mudá-lo ou convertê-lo, é apenas um grito pela ética acadêmica e profissional.

Sobre a descrição do blog:

Antes de tudo não existe uma história verdadeira, como assinalou Nietzsche "não exitem verdades absolutas, tampouco fatos eternos". Existe apenas um conceito de Representação da realidade social, ou como Marx diria "uma ideologia" da classe dominante que sobrepõe às demais. O título é meramente ilustrativo visando discutir todo e qualquer paradigma da historiografia atual, ou, revisionismo, como queiram.

Espaço aberto para discussões sobre qualquer tema, indiferente de orientação política, sexual, cultural e filosófica. Sem pré-conceitos ou censura. Espaço aberto para o anarquismo intelectual, terra de ninguém, artigos sugeridos também são bem vindos.

"A memória pessoal não entra em jogo: o que se conta é rememorar o acontecimento mítico, o único digno de interesse, porque é o único criador. É ao mito primordial que cabe conservar a verdadeira história, a história da condição humana, é nele que é preciso procurar e reencontrar os princípios de toda a conduta" (Mircea Eliade: O sagrado e o profano, p. 90).

Lê!!!