Resumo: O presente artigo pretende discutir a relação, muitas vezes
controversa, entre marxismo e religião, sobretudo com o Cristianismo. Para a
análise especifica do pensamento marxiano acerca da religião se fez necessário
um estudo detalhado de todas as obras de juventude de Marx, de 1841 a 1848, ano
de publicação do Manifesto Comunista, uma vez que esta produção reflete o autor
em sua gênese filosófica (hegeliana e feurbachiana) e menos economista; além de
algumas obras de Friedrich Engels que também abordam o fenômeno religioso. Na seqüência,
observam-se os desdobramentos dos “materialismos históricos” no século XX, nas
suas vertentes ortodoxas e heterodoxas, suas afinidades, aproximações e
rupturas com o Clero Católico. Por fim, busca-se a compreensão da práxis em seu
exemplo específico, a Teologia da Libertação na América Latina. Não temos a
pretensão de uma discussão teórica e/ou filosófica entre Materialismo Histórico
e Idealismo ou abstrações metafísicas, mas sim os paralelos históricos, sociais
e políticos que engendram essa temática.
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