Resumo: “Escovar a história a
contrapelo”. Talvez seja este o termo, descrito na sexta tese Sobre o conceito
de História, que melhor sintetize o pensamento benjaminiano acerca da
historiografia positivista e historicista dominante no período entre guerras e
de ascensão do fascismo. Através da estética social, da crítica literária e da
arte, Benjamin apreendeu como poucos autores do seu tempo a realidade social e
política que levavam a Europa rumo à catástrofe iminente. A partir das
premissas apocalípticas, sobretudo para um judeu, nas décadas de 1920 e 1930,
este autor concebeu uma aproximação original e coerente entre Materialismo
Histórico e teologia, entre messianismo judaico e marxismo, para possibilitar,
dessa forma, “mobilizar para a revolução as energias da embriaguês”. Para
romper com a reificação do moderno trabalhador industrial, com a crença
ilimitada no progresso da técnica, com a concepção de tempo linear, homogêneo e
vazio, para recuperar a “aura perdida”, Benjamin desenvolve o conceito de “interrupção
messiânica”. É esse conceito que este artigo pretende abordar, relacionando-o
sempre com os exemplos empíricos de messianismo e milenarismo, sobretudo à
Guerra do Contestado.
Na íntegra em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Urutagua/article/view/18449
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